Secretários de Educação do Nordeste discutem melhoria do ensino médio

Secretários de Educação de todo o Nordeste reuniram-se, nesta sexta-feira (21), no Recife, para compartilhar experiências e discutir políticas públicas para melhoria do ensino médio. O encontro é parte da agenda do Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed), que está promovendo seminários em todas as regiões do País.
O secretário de Educação de Pernambuco, Anderson Gomes, explicou que o estímulo às escolas em tempo integral e semi-integral é um dos carros-chefes da política de ensino médio do Governo de Pernambuco. “Hoje temos 130 mil alunos matriculados em escolas de regime integral ou semi. Os resultados no Ideb e no IDEPE, que é o nosso índice estadual, já nos mostraram que as escolas nesse regime alcançam os melhores índices”, argumentou.



Anderson Gomes apresentou as políticas de inclusão digital como a entrega de tablets para estudantes de 2º e 3º anos do ensino médio e também ações voltadas para os professores, como os programas Professor Autor e professor Conectado, além da tecnologia P3D. Citou ainda a distribuição de kits de robótica educacional da Lego Zoom em escolas de ensino médio para ilustrar o que chamou de educação 3.0 e escola do século 21.
Para o secretário de Educação da Bahia, Osvaldo Barreto Filho, o encontro é importante porque acontece justo no momento em que o Ministério da Educação (MEC) discute a reformulação do ensino médio no Brasil. “Por isso é fundamental conhecermos a experiência dos outros estados. Também aqui criamos um canal para pedir ao MEC mais investimento para os estados do Nordeste, que historicamente são os que mais precisam”, afirmou.
Temas como a formação continuada de professores também foram bastante discutidos. Para o coordenador de Aperfeiçoamento Pedagógico da Secretaria de Educação do Ceará, Rogers Mendes, as formações devem ser ministradas pelos próprios professores. “Acreditamos no protagonismo do docente para capacitar os seus pares”, disse.
Cada um dos secretários apresentou desafios de suas realidades locais como a redução da evasão escolar, principalmente fora do ensino regular, como na educação de jovens e adultos e em territórios indígenas.

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